Ataques cibernéticos a empresas brasileiras crescem 220% no 1º semestre de 2021

As notificações referentes a ataques cibernéticos contra empresas brasileiras cresceram 220% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2020. Os dados foram divulgados na quarta-feira (21) pelo grupo Mz, empresa especializada em relações com investidores, com base em dados levantados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), agência regulada pelo Ministério da Economia.  

A pesquisa aponta que as companhias de energia elétrica foram as empresas que mais sofreram com atividades hackers, com seis notificações ao todo. O setor de saúde foi o segundo mais afetado pelas invasões, sendo todas as cinco intimações feitas pelo Grupo Fleury. Em nota, a empresa médica e laboratorial informou que “os sistemas ficaram indisponíveis, após uma tentativa de ataque externo aos sistemas”.  

Para Claudio Bonel, analista de dados e fundador de uma startup de Business Intelligence e Analytics, o aumento da atividade hacker está relacionada à implementação do trabalho remoto durante a pandemia. De acordo com ele, o trabalho home-office deixou as empresas mais vulneráveis.    

“Os ataques às empresas aumentaram bastante em tempos de pandemia, período em que o trabalho home-office foi implementado em grande escala. Com isso, nós temos um volume maior de acesso remoto, onde as pessoas acessam dados importantes diretamente de casa. Esse maior número de acessos facilita a invasão dos sistemas”, explicou.

Entre os ataques cibernéticos contra as empresas brasileiras, a pesquisa destaca que 37% das notificações foram referentes à “incidente cibernético na área de Tecnologia da informação”. O ransomware – extorsão que pode bloquear o seu computador e depois exigir um resgate para desbloqueá-lo – também é citado no levantamento.

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