Nos últimos anos, Osasco tem enfrentado desafios significativos em relação ao trânsito, gerando debates acalorados sobre as medidas adotadas para melhorar a mobilidade urbana e a segurança viária. Entre as ações implementadas pela administração municipal estão a redução dos limites de velocidade em diversas vias e a instalação de radares de fiscalização. No entanto, essas iniciativas têm sido alvo de críticas por parte de moradores e especialistas.
Mudanças no Trânsito e Seus Impactos
Em 2024, a Prefeitura de Osasco promoveu alterações no sentido de algumas vias na região central, visando otimizar o fluxo de veículos. A Rua Cipriano Tavares, por exemplo, passou a conectar a Avenida Maria Campos à Rua Dona Primitiva Vianco. Contudo, essas mudanças resultaram em congestionamentos significativos, levando a administração a reavaliar algumas das modificações implementadas.
Além disso, a inauguração de uma nova ponte sobre o Rio Tietê, no km 15,800 da Rodovia Castello Branco, que deveria facilitar o acesso à cidade, acabou por intensificar os engarrafamentos em determinados períodos.
Redução de Velocidade: Segurança ou Risco?
A redução dos limites de velocidade em algumas vias de Osasco foi justificada pela Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana como uma medida para aumentar a segurança e diminuir o número de acidentes. O secretário Sérgio Di Nizo afirmou que o objetivo é “preservar a vida da nossa população e de quem está de passagem pela cidade”.
Entretanto, essa política tem gerado controvérsias. Críticos argumentam que a diminuição da velocidade pode elevar o risco de assaltos em semáforos e aumentar a poluição devido ao maior tempo de deslocamento dos veículos. A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção São Paulo (OAB-SP) já manifestou preocupações semelhantes em relação a reduções de velocidade em outras localidades, apontando para possíveis “transtornos colossais” e “danos ambientais”.
Fiscalização e Transparência
A eficácia da fiscalização eletrônica também tem sido questionada. Denúncias de irregularidades na instalação e operação de radares foram divulgadas, apontando para a ausência de estudos técnicos obrigatórios pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para a implementação desses equipamentos. A falta de tais estudos pode comprometer a legitimidade das multas aplicadas e a segurança dos motoristas.
Além disso, sistemas de navegação como Waze e Google Maps, que auxiliam os condutores no planejamento de rotas, deixaram de ser atualizados pela prefeitura, dificultando a navegação eficiente pela cidade.
Desafios Administrativos
A recente troca de governo, mesmo sendo uma continuidade da gestão anterior, resultou no afastamento de diversos agentes qualificados e em problemas internos na Secretaria de Transportes, devido à falta de capacitação dos gestores de tráfego. Essa situação tem contribuído para a precariedade na fiscalização e na implementação de políticas de trânsito eficazes.
Dados de Poluição em Osasco
A poluição atmosférica é uma preocupação crescente em Osasco. De acordo com dados disponíveis, as emissões de dióxido de carbono equivalente (tCO2e) provenientes do transporte na cidade apresentaram variações nos últimos anos:
- 2018: 380.000 toneladas
- 2019: 383.000 toneladas (aumento de 1% em relação ao ano anterior)
- 2020: 253.000 toneladas (redução de 34% em relação ao ano anterior)
- 2021: 308.000 toneladas (aumento de 22% em relação ao ano anterior)
- 2022: 356.000 toneladas (aumento de 16% em relação ao ano anterior)
- 2023: 371.000 toneladas (aumento de 4% em relação ao ano anterior)
Esses números indicam uma tendência de aumento nas emissões após uma queda significativa em 2020, possivelmente relacionada às restrições de mobilidade impostas pela pandemia de COVID-19. A retomada das atividades econômicas e o crescimento da frota veicular podem estar contribuindo para o aumento das emissões nos anos subsequentes.
É importante destacar que o transporte é uma das principais fontes de poluição na cidade, sendo responsável por uma parcela significativa das emissões totais de gases de efeito estufa. Medidas para mitigar esses impactos incluem a promoção do transporte público, incentivo ao uso de meios de transporte não motorizados, como bicicletas, e a implementação de políticas que visem a redução do uso de veículos particulares.
Conclusão
As medidas adotadas pela Prefeitura de Osasco para melhorar o trânsito, como a redução de velocidade e a instalação de radares, têm gerado debates sobre sua eficácia e impactos na mobilidade urbana e na segurança dos cidadãos. É fundamental que tais iniciativas sejam embasadas em estudos técnicos sólidos e que haja transparência na sua implementação, visando sempre o bem-estar da população e a eficiência do trânsito na cidade.
Além disso, é crucial que a administração municipal considere os impactos ambientais das políticas de trânsito, buscando soluções que promovam a mobilidade sustentável e a redução da poluição atmosférica em Osasco.
Évelton José Beatrici
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