Ontem dia 15/10/2021 uma equipe da CET/SP (Companhia de Engenharia de Trafego da cidade de São Paulo) em patrulhamento na Av. Carlos Lacerda visualizou um cidadão ainda não identificado em atitude suspeita, fotografando e seguindo a viatura com sua bicicleta, o Agente de Trânsito que faz parte do SUSP (Sistema Único de Segurança Pública) e é responsável pela fiscalização de trânsito na cidade, resolveu fazer algumas imagens pois temia pelo pior.

Este cidadão deixou sua bicicleta em um local protegido, veio até a viatura e retirou da mochila uma arma de fogo exigindo o celular e chave da viatura.

Lembrando que a categoria dos agentes de trânsito é a única entidade pertencente ao SUSP que não possui porte de arma e integra o sistema de segurança pública conforme Lei nº 13.675/2018.

O agente que preservaremos o nome neste momento, temendo pela sua vida, reagiu tentando tomar a arma do marginal.

Nesta tentativa o mesmo conseguiu retirar a arma que estava apontada para sua cabeça acelerando a viatura a fim de se evadir do local.

Em deslocamento com a viatura chegou rapidamente a 37 DP localizada na R. Jacaratinga, 201 – Vila Pirajussara na cidade de São Paulo, onde mostrou as imagens e relatou a ocorrência ao Delegado de plantão.

Para nossa surpresa o delegado se recusou a realizar boletim de ocorrência e prestar o suporte necessário ao agente.

Este descaso com os agentes de trânsito vem sendo observado a anos e em todas as esferas, partindo do veto do porte de armas, não distribuição de armas não letais, coletes balísticos além de precárias condições de trabalho e viaturas.

A CET encaminhou o agente para acompanhamento psicológico e disponibilizou a acessória jurídica a fim de elaboração do BOPC e localização do indivíduo, a fim de o mesmo não cometer mal maior a sociedade de bem, o BO até este momento não foi realizado.

A AGT Brasil (Associação dos Agentes de Trânsito do Brasil) também se colocou a disposição do agente e departamento, assim como todo cidadão de bem, que tem como principal objetivo a segurança das pessoas no trânsito ou fora dele, presando pela vida.